Opinião

Um enorme pato para o povo pelotense

Marcelo Oxley
Empresário
marceloesporte [email protected]

Quando participo de debates sobre questões do governo federal, que aliás faz e deve fazer parte do nosso cotidiano, sempre digo que há algo estranho acontecendo no nosso "mundinho", em Pelotas.

Em 2020, às vésperas das eleições municipais, uma enxurrada de emendas chegou para o atual governo. Além do mais, muitos cargos foram negociados dentre os diversos postos da Prefeitura em troca de ajuda, campanha política. Nada anormal para o velho e eficaz jogo político. Não teve outro resultado: PSDB seguiu na Prefeitura da Princesa do Sul. Todavia, uma hora a conta iria chegar, como chegou.

Sempre questionei os governos Estadual e Municipal, amo a minha cidade e vejo o quanto poderíamos mais, o quanto estamos estagnados; o primeiro, como dito centenas de vezes, deixou Pelotas de lado. Não trouxe, sequer, uma nova carteira de trabalho e, se estiver equivocado, por favor aceito um esclarecimento, um diálogo. Não se esconda. Não se trata de "dar mídia" às minhas abordagens e, sim, um posicionamento aos seus irmãos pelotenses. Pelotas lhe é tão insignificante que, como um simples e determinante exemplo, não pisou na Fenadoce, a nossa maior feira. O segundo, por incrível que pareça, está submerso em diversos escândalos em suas secretarias, não cumpre com pisos salariais de algumas classes, afunda seus bairros diariamente, já estende o milionário déficit para 2025 e, por ora, já disse que atrasará os salários de seus servidores. Uma bagunça anunciada há muitos anos - retornemos ao final do segundo parágrafo. O governo do Pacto pela Paz e da resiliência, dois marcos muito citados até hoje, carece de uma gestão administrativa coesa, forte e que se imponha às dificuldades anunciadas todas as semanas. Somente de "lamentos" não se enche a barriga.

Pelotas segue pagando o "pato", porém ele está mais gordo e voraz.

O PSDB vive numa bolha, a qual fortalece a gostosa etapa de encantar serpentes. Os inúmeros problemas enfrentados pela população e nesse caso falo do meu "mundinho", são facilmente esquecidos num toque de mágica. Agora, a nossa prefeita, Paula, foi nomeada presidente Estadual do PSDB, mesmo num navio sem governo e rodeado por acusações fundamentadas e que crescem a cada dia. Me causa pavor quando o Sanep começar a ser destrinchado. Já imaginou o que poderá vir à tona?

Você deve estar idealizando quem está comendo pipoca e adorando esses últimos meses de "governo" do PSDB, não é mesmo? O PT assiste de camarote e entende que a Prefeitura de Pelotas poderá ser sua em 2025. É de dar medo. Seríamos uma espécie de continuísmo do desgoverno Lula que despenca em aceitação e nos faz passar vergonha em todo o planeta. Aqui, deixo uma reflexão: caso o PSDB não vença em 2024, qual seria a melhor opção para o nosso governador? Ora, ele ocupa o atual posto em virtude dos votos críticos do PT na última eleição. E agora, aceitaria um novo nome de direita ou cederia aos encantos "lulistas"? É exatamente nesse momento que devemos entender que a política pode mais, com outros nomes. Senão, a esquerda governará direta ou indiretamente.

Está na hora de pensarmos em fazer uma política oposta, mesmo entendendo que metade dos brasileiros tenham colocado na presidência um cidadão controverso, poluindo ainda mais o ar de quem gostaria de fazer algo novo e puro.

Com todos esses macetes, nebulosos, entendo você que não gosta de comentar sobre política. Por vezes eu também me canso, mas acredito que os reais valores precisam ser repassados aos nossos filhos. Não há nada melhor no mundo que você saber que uma boa semente foi plantada.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Assassinos da Lua das Flores

Próximo

Educação, esperança e desesperança

Deixe seu comentário